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Manifestantes queimam veículos e promovem atos de terrorismo na noite desta segunda-feira, 12, em Brasília

de Antônio Paulino
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Em questão de horas, a capital do país passou por duas situações extremas. No início da tarde, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi oficialmente reconhecido pela Justiça Eleitoral como o vencedor das eleições gerais definidas em 30 de outubro. Durante a solenidade, tanto o presidente Lula quanto o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, exaltaram a força da democracia brasileira. No início da noite, porém, a civilidade deu lugar à baderna.

Por volta das 20h30, o centro da capital se tornou alvo de atos terroristas. Em protesto contra a prisão de um ativista acusado de promover atos antidemocráticos, extremistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal na área central de Brasília. Fizeram mais: atearam fogo em ônibus e carros que estavam na região. Em um dos locais, um carro foi incendiado ao lado de um posto de gasolina, em altíssimo risco de uma explosão.

Atos desafiam autoridades de segurança

Os atos praticados pelos extremistas puseram à prova a competência das forças de segurança no Distrito Federal. Nas últimas semanas, a secretaria de Segurança do DF anunciou que colocaria em prática um esquema para garantir a ordem na capital da República durante a diplomação, bem como a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para 1º de janeiro. As cenas de ontem, com depredação de patrimônio público e privado, mostraram, no entanto, que a estratégia precisa ser revista.

Se a PMDF demorou cerca de duas horas para controlar o vandalismo extremista no centro de Brasília, mais modorrenta foi a reação do Ministério da Justiça, pasta a que está subordinada a Polícia Federal. Segundo informou a CNN Brasil, o titular da pasta, Anderson Torres, jantava em um restaurante da cidade no momento em que bombas e explosões ocorriam nas proximidades do prédio da PF. Torres só foi se pronunciar por volta de 23h, em uma mensagem curta nas redes sociais. Disse que a pasta mantinha contato frequente com o Governo do Distrito Federal e decretou: “Tudo será apurado e esclarecido. Situação normalizando no momento”.

Sucessor de Anderson Torres na Esplanada, o futuro ministro da Justiça foi mais veemente. “Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília”, escreveu. “Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, escreveu Flávio Dino.

Por volta de 23h40, autoridades de segurança concederam entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil. Aos jornalistas, o ministro indicado Flávio Dino, o futuro diretor-geral da Polícia Federal e chefe da segurança de Lula, Andrei Rodrigues, e o secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo, ressaltaram o trabalho conjunto para garantir a segurança do presidente eleito. E garantiram que as cenas de baderna e extremismo no centro da capital federal não ficarão impunes.

Por Correio Brasiliense (Darcianne Diogo, Pedro Marra, Talita de Souza, Pedro Grigori, Ronayre Nunes, Luana Patriolino e Ândrea Malcher)

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