A primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ex-ministra Damares Alves se encontraram na tarde da última segunda-feira (17), em segredo, com as líderes comunitárias do projeto social que atende as refugiadas venezuelanas nos arredores de Brasília, sobre as quais o presidente da República falou a um podcast, na semana passada.
O encontro ocorreu na casa de um pastor no Lago Sul, na capital federal.
Desde sábado, Michelle e Damares vinham insistindo para serem recebidas pelas venezuelanas, na tentativa de consertar o estrago causado pelo vídeo em que Bolsonaro afirma que “pintou um clima” com adolescentes que ele conheceu durante um passeio de moto na comunidade de São Sebastião, nos arredores de Brasília.
As venezuelanas, porém, se recusaram a recebê-las até a tarde de ontem, 18. Só cederam à pressão depois que entrou em cena a embaixadora do governo de Juan Guaidó em Brasília, Maria Teresa Belandria.
Depois de muita resistência, as líderes comunitárias aceitaram receber Michelle, Damares e a embaixadora venezuelana. Segundo relatos de pessoas que estavam na conversa, as líderes disseram entender que houve um mal entendido e que Bolsonaro não quis chamá-las de prostitutas.
A expectativa na campanha é que Bolsonaro e Michelle façam uma declaração pública a esse respeito.
