Ex-ministro e atual secretário estadual de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy (PP) foi preso nesta quinta-feira (6). Ele é alvo de uma operação da Polícia Federal realizada nesta manhã que mira desvios na Saúde em três estados e no Distrito Federal.
A investigação se baseia em uma denúncia não relacionada ao trabalho de Baldy na secretaria. A prisão dele é temporária, ou seja, vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco. Nesta semana, Baldy foi afastado do cargo por dois dias (terça e quarta-feira) para “tratar de assuntos de interesse particular”.
Baldy é acusado de fazer parte de um esquema que desviava recursos na Saúde envolvendo órgãos federais, entre eles a organização social Fiocruz. De acordo com informações da PF e do Ministério Público Federal (MPF), os agentes investigam o “pagamento de vantagens indevidas a organização criminosa que negociava e intermediava contratos em diversas áreas”.
O ex-ministro utilizava sua influência política para nomear pessoas em órgãos públicos. Uma vez lá, elas eram usadas por ele como intermediários para a contratação de empresas que participavam do esquema, como a Pró-Saúde. Baldy é suspeito de ter recebido percentuais desses contratos, sob a forma de propina.
Na residência que o secretário mantém em Brasília, foram apreendidos R$ 90 mil em espécie, sendo R$ 50 mil em um cofre e R$ 40 mil em outro.
