
A advogada, modelo e blogueira Laís Crisóstomo Aguiar, de 27 anos, tem 400 mil seguidores no Instagram — o que significa que é popular. Sua vida de luxo, exposta numa espécie de strip-tease de marcas (Dolce & Gabbana, um automóvel Lamborghini, Chanel), conquista adeptos, que consomem na imaginação o que a jovem consome na via real. Mineira, ela tem casa em Dubai, viaja para vários países, curtes os melhores restaurantes. Mas, no meio do caminho, havia uma pedra, quer dizer, 461 gramas de cocaína. No dia 5 deste mês, a jovem famosa foi presa pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando tentava viajar, na companha de um homem, para Dubai. Ela foi presa junto com um homem, que não teve o nome revelado, ao menos não numa reportagem de “O Globo”. E, curiosamente, ele seria o dono da cocaína. Se é o dono, porque revelar tão-somente o nome de Laís Crisóstomo?
O advogado de Laís Cristóstomo, via pedido de habeas corpus, tentou liberar a cliente — alegando que é ré primária e tem endereço e emprego fixos. Mas não conseguiu. O desembargador Valdeci dos Santos, do Tribunal Regional Federal da 3ª região, considerou que a versão da blogueira, de que não sabia da droga, não é pertinente. “A versão apresentada pela Laís Crisóstomo Aguiar no sentido de que desconhecia o conteúdo da mala não se apresenta verossímil (coerente), tendo em vista que a cocaína apreendida estava escondida numa mala com os objetos pessoais da paciente”, escreveu o magistrado da Justiça Federal.
“A cocaína estava em cápsulas acondicionadas em frascos de suplementos alimentares”, conta “O Globo”. A droga foi detectada por um aparelho de raio-X.