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Disputa pela presidência estadual do PSDB é fictícia: toda uma encenação está sendo montada, mas o escolhido é claro que será quem melhor atender aos interesses de Marconi

de Antônio Paulino
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Matéria copiada do Blog do JBL

A contrário do MDB goiano, onde os dois Vilelas, Daniel e Maguito, impuseram à força o seu comando, manipulando a data das eleições para o do diretório e deflagrando um processo de expulsão de quem não concorda com eles (três prefeitos de peso já foram chutados porta afora), a presidência estadual do PSDB será definida nas próximas semanas (até meados de maio) e resultará de uma encenação de uma disputa aparentemente democrática, mas no final das contas tomará o rumo que o ex-governador Marconi Perillo desejar.

Marconi é o senhor todopoderoso e inconteste do PSDB em Goiás e ninguém no partido tem peito para discordar. Iris Rezende sempre teve o mesmo domínio sobre o PMDB/MDB, porém enfrentando contestações. A própria presença de Daniel Vilela na presidência do diretório emedebista tem um sabor de oposição ou antagonização a Iris e talvez caracterize a primeira vez, em toda a sua história que a legenda, aqui no Estado, não é dirigida por um preposto do prefeito de Goiânia.

No PSDB, isso não vai acontecer. Tanto que os pretensos candidatos a presidente – entre seis a oito nomes – movimentam-se cautelosamente, procurando não melindrar a liderança ditatorial de Marconi e até atrair a sua simpatia. Pelo seu estilo, o ex-governador vai deixar a “disputa” rolar até a véspera, quando apontará aquele que melhor atende aos seus interesses – um deles o de ser defendido com unhas e dentes pelo novo presidente, mais ou menos como a apaixonada Gleisi Hoffman faz em relação ao ex-presidente Lula.

Os tempos são difíceis para Marconi, que enfrenta um cerco judicial com mais de uma dezena de denúncias por improbidade e pelo menos um processo criminal gravíssimo, no âmbito na Operação Lava Jato. Ele precisa de todo e qualquer apoio, especialmente do seu partido – e sabe que um presidente fora do seu monitoramento vai entender rápido que advogar para alguém enfrentando circunstâncias tão críticas não faz bem a nenhum partido político, muito menos um que vem de uma dura derrota eleitoral no Estado e no país e necessita de uma refundação. No entanto, o que o tucano-mor de Goiás não diz, mas forçosamente acha, é que as conveniências do PSDB estão… abaixo das suas.

De todos os candidatos apresentados até agora, a ex-secretária de Educação Raquel Teixeira parece ser a mais adequada para Marconi – mesmo representando a continuidade do erro que foi a entronização de Giuseppe Vecci, um não político, como ela, na presidência estadual do PSDB.

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