O SBT exibiu na noite deste domingo um “Conexão Repórter” especial, ao longo do qual Roberto Cabrini apresentou, por 90 minutos, uma longa entrevista com Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e dono da concorrente Record.
Silvio Santos encerrou o seu programa mais cedo, fazendo elogios ao trabalho religioso de Macedo e classificou o programa como “uma homenagem” a ele, que “levou tanta gente que estava no mau caminho para o bom caminho’.
Cabrini questionou Macedo sobre a sua prisão, acusado de charlatanismo, em 1992. Foi a oportunidade para o líder da Universal mais uma vez dizer que os culpados foram a Igreja Católica e a Rede Globo. “Acredito que eu seja o inimigo número um da Igreja Católica”. Sobre as muitas acusações que recebe, fez piada: “A Igreja Universal é que nem omelete. Quanto mais se bate, mais ela cresce”.
O repórter quis saber como o religioso lida com a acusação de que a sua igreja privilegia a arrecadação de dinheiro: “Só os estúpidos pensam em teologia da miséria”, respondeu, defendendo a “teologia da prosperidade”.
Cabrini ouviu Macedo sobre o famoso episódio do “chute na santa”, protagonizado por um pastor da Universal, em 1995: “Foi um chute no estômago, para não dizer num lugar mais baixo. Foi a pior coisa que aconteceu dentro do trabalho da Igreja Universal. Porque não é o nosso estilo agredir a religião dos outros. Se exigimos respeito à nossa crença, temos que respeitar as outras crenças.”
Cabrini quis saber se Macedo interfere muito na gestão da Record e se foi consultado sobre a contratação de Xuxa: “A Record tem vida própria”, disse. Em seguida, pensou um pouco antes de responder e disse: “Fui perguntado se havia alguma objeção (à contratação da Xuxa). Eu disse ‘não’. Se é bom para a Record, é bom pra mim. Nossa filosofia é dar liberdade às pessoas em quem nós confiamos”.