O servidor público Eder Alves Rocha, de 51 anos, suspeito de vender vagas para cirurgias na rede pública, em Goiás, deixou a prisão nesta sexta-feira (22). Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele foi liberado da Central de Triagem, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, após a apresentação de um alvará de soltura.
O G1 tentou contato com os advogados de Eder, por telefone, entre às 11h40 e 12h desta sexta-feira, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
Eder, que é assessor comissionado da Prefeitura de Minaçu, no norte de Goiás, havia sido detido no último dia 12, na capital. De acordo com as investigações, ele agia há 15 anos e pedia até R$ 2 mil para que eles não precisassem ficar na fila de espera. A mulher que denunciou o esquema revelou que espera há dez anos por uma cirurgia.
Três dias depois, ele passou por uma audiência de custódia, na qual a juíza Placidina Pires decidiu manter a prisão do suspeito.
Cirurgias
O delegado Rhaniel Almeida, responsável pelo caso, afirmou que, na maioria dos casos, o servidor público conseguia realmente adiantar o procedimento.
“Ele abordava as pessoas que procuravam consultas médicas em hospitais da capital e dizia que conseguia que elas furassem a fila para a consulta e cirurgia. Ele tinha contatos com funcionários de Cais de Goiânia, que conseguiam fazer essa alteração na fila”, disse o delegado.
Ele explicou ainda que parte do dinheiro cobrado dos pacientes era repassado a funcionários das unidades em que os procedimentos seriam realizados. A polícia identificou quatro servidores até o momento como auxiliares no esquema.

Eder foi preso suspeito de cobrar para ‘furar fila’ de cirurgias na rede pública — Foto: Divulgação/ Polícia Civil