Na manhã desta terça-feira, dia 30, Delegado da Polícia Civil, Dr. Victor Magalhães e o Procurador Geral do município de Catalão, Dr. Leonardo Rocha, convocaram a imprensa local para falar sobre o desfecho da operação Ponto Final, que investigou a venda irregular de imóveis da prefeitura municipal durante a gestão passada.
Leonardo Rocha contou que tudo começou no início da administração atual do prefeito Adib Elias, quando o grande número de pessoas procurou a prefeitura com o objetivo de fazer a transferência de lotes do município para seus nomes. O alto número de procura por esse procedimento chamou a atenção dos funcionários do departamento responsável e a partir da suspeita, a Polícia Civil foi acionada para investigar o assunto. A investigação foi realizada pela 9ª Delegacia Regional de Polícia de Catalão e pelo 10º Distrito Policial de Catalão, com amplo e irrestrito apoio da Prefeitura Municipal.
Um caso específico chamou a atenção. Um terreno localizado na Avenida Dr. Lamartine, avaliado cem cerca de 800 mil reais, foi vendido por 50 mil, valor infinitamente inferior ao preço de mercado. Como não conseguiu fazer a transferência do terreno para o seu nome, o comprador procurou o vendedor e foi aí que as fraudes vieram à tona, pois comprador e vendedor foram parar na delegacia de Polícia.
As investigações apontaram para uma quadrilha, composta por ex-servidores comissionados da prefeitura e da Câmara Municipal, que comercializaram de forma irregular diversos imóveis da prefeitura. Quatro pessoas são apontadas pelas investigações como sendo os principais responsáveis pelo esquema. São eles: Matheus Ribeiro Esteves Silva, Henrique Antero da Silveira, Paulo Henrique Gregório da Silva e Bruno Borges Dantas.
Até o momento, a atual gestão já recuperou mais de 560 lotes da prefeitura de Catalão distribuídos de forma irregular, e vai continuar apurando pedidos de transferência de imóveis do poder público municipal sob suspeita de fraude.