A Secretaria Municipal de Saúde de Catalão exonerou, nesta sexta-feira, 13, uma servidora comissionada e afastou e abriu processo administrativo contra uma funcionária efetiva que foram flagradas pela polícia e pela Vigilância Sanitária comercializando vacinas em uma residência do município no dia anterior. As duas chegaram a ser presas, mas foram liberadas mediante o pagamento de fiança.
Uma terceira pessoa, que seria servidora da Secretaria Estadual de Saúde, estaria sendo procurada pela polícia. Segundo as apurações, as vacinas não foram desviadas dos lotes encaminhados à cidade, mas da Regional de Saúde, órgão do governo estadual responsável por atender 18 municípios do Sudeste goiano.
Tão logo soube do ocorrido, o prefeito de Catalão, Jardel Sebba determinou a rápida apuração dos fatos e a punição exemplar dos culpados. “Não compactuamos com esse tipo de atitude covarde e criminosa. Todos querem se imunizar e nem mesmo a rede particular tem vacina disponível para todos. É lamentável que profissionais de saúde tenham agido com tamanha irresponsabilidade e baixeza”, ressaltou.
O prefeito, que é médico, destacou que as pessoas que pagaram por essas vacinas podem não estar imunizadas. “As vacinas não estavam acondicionadas de maneira adequada. Para que sejam efetivas, as doses precisam ser conservadas em temperatura que varia entre dois e oito graus. Embora estivessem refrigeradas, não havia termômetro para garantir a temperatura adequada”, frisou.
“Entendemos que haja preocupação em todo o País em relação à doença, e que o número de doses disponibilizado pelo Ministério da Saúde tenha sido inferior à demanda. Mas as pessoas precisam buscar a imunização em estabelecimento adequado, seja na rede pública ou privada. Quem tentar obter a vacina de forma irregular pode até mesmo colocar a saúde em risco”, destacou.
Entenda o caso – Na Quinta-feira, 12, uma moradora de Catalão, que se enquadra em um dos grupos considerados prioritários para imunização contra o H1N1, procurou a Secretaria de Saúde após não ter conseguido vacinar-se em uma unidade de saúde do município e ter recebido a oferta, de parte de uma servidora, para adquirir vacina por R$ 80. A dose seria aplicada em uma residência no centro da cidade.
Informado sobre o ocorrido, o secretário municipal de Saúde, Clayton Peixoto, acionou a Vigilância Sanitária. A coordenação do órgão, de pronto, pediu reforço policial e foi até o endereço denunciado. No local, constataram a prática ilegal ao encontrar uma pessoa sendo vacinada. Foram apreendidos dez frascos de vacina, com o equivalente a 100 doses. Parte delas já havia sido utilizada.