O diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud (foto), revelou, durante acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), que o Grupo JBS não recebeu nenhum tipo de favorecimento por parte do governo de Goiás, nem do governador Marconi Perillo (PSDB).
Em vídeo que circula pelas redes sociais, o executivo afirma que o presidente da J&F (holding que controla a JBS), Joesley Batista, reclamou do tucano por não ter cedido a pressões. “Cansei de dar dinheiro pro Marconi Perillo e ele nunca fez um nada para mim no estado de Goiás”, teria dito o magnata da carne ao auxiliar.
Segundo a Justiça Eleitoral, o grupo fez doações às campanhas do então governador Alcides Rodrigues (hoje no PSB) à reeleição, em 2006, e do então senador Marconi Perillo para o Palácio das Esmeraldas, em 2010.
Em 2014, a JBS não fez doação à campanha do PSDB em Goiás porque Júnior Friboi, irmão de Joesley e ex-sócio da empresa, estava filiado ao PMDB — que disputou o governo com Iris Rezende, derrotado em segundo turno.
No entanto, durante a delação, Ricardo Saud revelou montantes milionários em propina para campanhas do PT em todo o Brasil — incluindo Goiás, destinada ao então candidato ao governo Antonio Gomide (ele nega).
O diretor também afirmou que o PT usou dinheiro de propina dada pela empresa para “comprar” o PMDB nas eleições de 2014. “Eles [PT] compraram o PMDB e faziam o que queriam com o PMDB. O PMDB pegava o dinheiro e gastava também do jeito que queria”, revelou. (Com informações do jornal Opção Online)