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SIMECAT apresenta alternativa na tentativa de cessar demissões na Mitsubishi

de Antônio Paulino
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Em assembleia na Mitsubishi, nesta manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) informou os trabalhadores sobre os desdobramentos da reunião que aconteceu ontem (14) com os representantes da montadora. Desde o fim da estabilidade garantida pelo acordo coletivo de trabalho, em janeiro, a empresa já realizou até o momento aproximadamente 130 desligamentos na fábrica. O SIMECAT é contra novas demissões e busca uma alternativa junto à empresa.

A montadora continua alegando a necessidade de efetivar a demissão de aproximadamente 200 trabalhadores. Mesmo sem confirmar os motivos para tal ação, o Sindicato acredita que tenha relação com a redução dos incentivos fiscais instituída pelo Governo do Estado. Segundo informações, os custos com esses novos impostos são de aproximadamente 7 milhões mensais. O valor se aproxima com a folha de pagamento da montadora, que gira em torno de 9 milhões de reais mensais.

O SIMECAT continua se posicionando absolutamente contra os possíveis desligamentos, afinal, os transtornos serão imensuráveis para os próprios metalúrgicos e para a cidade em geral. “Não há emprego disponível em Catalão. Qual será o futuro dessas pessoas? Menos empregos é sinal de menos dinheiro circulando na cidade e os efeitos negativos serão sentidos por diversos setores”, ressalta Carlos Albino, o presidente do SIMECAT.

Analisando o cenário atual do setor automobilístico e também da transição dos governos federal e estadual que ainda não inspiram muitas melhorias para a classe trabalhadora, o SIMECAT apresentou à montadora uma proposta de redução de jornada de trabalho e de salário. “Não há critério para os desligamentos, portanto, pode ser qualquer trabalhador. Pensando assim, o SIMECAT avalia que a redução pode ser um caminho, pois ter emprego garantido neste momento é mais viável”, explica Albino.

A empresa ainda demonstra resistência para a possibilidade de adoção de alternativas para evitar demissões, mas garantiu que a proposta será avaliada na próxima quarta-feira (20) pelos representantes da montadora. Até lá, seus representantes informaram que não realizarão demissão em massa.

Mobilização

Diante da dificuldade de diálogo com a montadora, na última terça-feira (12) os trabalhadores da Mitsubishi participaram de uma assembleia de mobilização para pressionar uma reunião com a empresa para tratar sobre as demissões ocorridas ao longo deste ano. Após a paralisação da produção por uma hora, a Mitsubishi agendou a reunião. Mesmo o SIMECAT sendo o representante legal e legítimo dos metalúrgicos, desde a implementação da Reforma Trabalhista, em 2017, há dificuldade em tratar sobre o assunto, pois a empresa não tem mais obrigação de discutir ou comunicar o Sindicato sobre demissões em massa.

Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT

Presidente do SIMECAT, Carlos Albino, fala aos trabalhadores na mobilização em frente a fábrica da Mitsubishi

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