O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em Goiás, está sendo acusado de fraude eleitoral, após a audeclaração de gênero do ex-candidato Júnior Pinheiro, que concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) no pleito de 2022 na cota feminina do partido. De acordo com a ação, assinada pelas advogadas Amanda Souto Baliza e Talita Silvério Hayasaki, houve conduta desleal ao “criar-se uma candidata”.
Conforme a peça judicial, Júnior Pinheiro, que é assessor parlamentar, é declaradamente gay, no entanto, sempre se apresentou como homem e se identificou com o sexo masculino. De acordo com as juristas, a chapa de estaduais do PSDB-GO desrespeitou a cota feminina de candidaturas e, por isso, pede a cassação da chapa.
Ao Metrópoles, a advogada Amanda Baliza reforçou que apesar de ser declaradamente homossexual, Júnior Pinheiro não é mulher, nem cis e nem trans e, portanto, não poderia concorrer na cota feminina do partido.
“Foi uma manobra para preencher a cota de 30% das candidaturas femininas. Forjaram a candidatura inventando uma mulher trans que nunca existiu. Isso ofende tanto o movimento sufragista feminino, quanto a comunidade LGBT”, afirma ela.
Na peça, é pedida a cassação da chapa que elegeu os candidatos tucanos Dr. José Machado e Gustavo Sebba.
