As jogadoras brasileiras Ana Flávia Galvão e Mayra Souza, ambas de Uberlândia, vivem momentos de tensão no Nepal após o hotel em que estavam hospedadas ser invadido durante protestos que se intensificaram no país asiático desde terça-feira (10).

Foto: Reprodução/Instagram
As atletas disputavam a segunda edição da Everest Women’s Volleyball League pelo time Karnali Yashvis e tiveram de fugir às pressas do prédio. Foram transferidas para outro hotel, mais seguro, e ainda não sabem quando poderão retornar ao Brasil.
Os protestos no Nepal têm como estopim o bloqueio de redes sociais, como Facebook e Instagram, imposto na semana passada, sob o slogan “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”. A medida afetou parte dos 30 milhões de habitantes do país, cerca de 90% dos quais usam a internet.
Manifestantes invadiram o complexo do Parlamento e atearam fogo na sede do legislativo e em casas de ministros. O primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou ao cargo diante da escalada dos protestos.
As atletas chegaram ao Nepal em 1º de setembro para a competição. Uma nova rodada marcada para terça-feira foi cancelada devido à situação de risco.
Em vídeo gravado do lado de fora do hotel, Ana Flávia mostrou o caos e as malas espalhadas. Preocupadas com documentos e pertences importantes, ela e Mayra ainda retornaram ao prédio para tentar resgatá-los, sem sofrer ferimentos.
Ana Flávia, 28 anos, formada nas categorias de base do Praia Clube, já passou por São Caetano antes de se transferir para o vôlei internacional, com passagens por Espanha, Hungria, República Tcheca, Eslováquia e Suíça. Mayra Souza também integra a equipe que disputa a liga nepalense, representando atletas brasileiras no exterior.