A cidade de Coromandel, em Minas Gerais, voltou aos holofotes da mineração brasileira após a recente descoberta do segundo maior diamante bruto já registrado no país, com impressionantes 646,78 quilates. O município, que já detinha o recorde nacional com o famoso “Getúlio Vargas”, de 727 quilates, encontrado em 1938, consolida-se como o território de maior prestígio na história diamantífera nacional.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), Coromandel é uma das quatro áreas atualmente em atividade para produção de diamantes brutos no Brasil, ao lado de regiões na Bahia, Piauí e Mato Grosso. Apesar do número limitado de áreas ativas, os dois maiores diamantes já encontrados no país vieram do mesmo município mineiro, o que evidencia o potencial geológico da região.
A produção nas áreas de Coromandel, Piauí e Mato Grosso é feita de forma artesanal e aluvionar, ou seja, ocorre em terrenos formados pela deposição de sedimentos transportados por rios — um método tradicional de garimpagem. Já a Bahia abriga a maior mina de diamantes brutos da América Latina, com produção industrial e maior capacidade de processamento.
De acordo com a ANM, outras duas áreas com potencial produtivo em Goiás e no Pará estão em processo de regularização ambiental e, no momento, fora de atividade.
Todas as áreas produtoras são submetidas a vistorias semestrais realizadas por técnicos das unidades regionais da ANM, com o objetivo de assegurar a rastreabilidade e a origem legal das pedras preciosas extraídas.
A descoberta do novo diamante em Coromandel não apenas reforça o valor histórico e mineral da cidade, mas também reacende o interesse pela regulamentação e fortalecimento da mineração legal no Brasil.