
Jamil Calife conclui que a proposta representa um investimento estratégico no futuro da educação goiana
Segundo o texto do projeto, as atividades serão desenvolvidas preferencialmente nos laboratórios de informática e poderão incluir oficinas práticas, aulas expositivas, uso de softwares educativos baseados em IA e projetos interdisciplinares voltados à resolução de problemas cotidianos das comunidades escolares e locais. A proposta também prevê parcerias com universidades, institutos de pesquisa e empresas de tecnologia, fortalecendo o vínculo entre o ambiente escolar e o ecossistema de inovação.
De acordo com o deputado Jamil Calife, a iniciativa busca democratizar o acesso ao conhecimento tecnológico e combater a desigualdade digital que ainda atinge muitos jovens da rede pública.
“A Inteligência Artificial já faz parte do nosso dia a dia e será cada vez mais determinante no mercado de trabalho e na vida em sociedade. É dever do Estado preparar nossos estudantes para esse novo cenário, garantindo que eles não sejam apenas consumidores, mas também criadores de tecnologia”, destacou o parlamentar.
O projeto estabelece que a política pública “Inteligência Artificial nas Escolas” deverá ter cinco finalidades principais:
- Desenvolver o pensamento crítico, lógico e criativo dos estudantes;
- Capacitar os alunos para o uso responsável e ético das tecnologias digitais;
- Estimular a criação de soluções tecnológicas para problemas reais;
- Promover a integração entre professores, alunos e comunidade;
- Preparar os estudantes para o mercado de trabalho e para as profissões do futuro.
Além de seu caráter educacional, a proposta tem forte impacto social e econômico. Na justificativa, Jamil Calife cita dados que demonstram o déficit de profissionais de tecnologia no Brasil. Segundo levantamento da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o país forma cerca de 53 mil profissionais de TI por ano, enquanto a demanda média é de 159 mil, o que resulta em uma lacuna de mais de 100 mil vagas anuais no setor.
“Formar jovens com habilidades em IA é investir no futuro do Estado. Estamos falando de preparar Goiás para ser um polo de inovação e gerar empregos de alta qualificação”, ressaltou o deputado.
A proposta também está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente o ODS 4 (Educação de Qualidade) e o ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura). Além disso, segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que incentiva o uso das tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética no processo de aprendizagem.
Outro ponto de destaque é a valorização dos professores e técnicos de informática, que poderão receber capacitação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-) para atuar como mediadores no ensino da Inteligência Artificial. A proposta, segundo Calife, contribui não apenas para a formação dos alunos, mas também para a atualização e valorização do corpo docente.
A implementação da política pública dependerá da disponibilidade orçamentária e poderá contar com recursos de dotações próprias, convênios com entidades públicas e privadas e fundos de inovação, ciência e tecnologia.
Jamil Calife conclui que a proposta representa um investimento estratégico no futuro da educação goiana, promovendo inclusão digital, cidadania tecnológica e protagonismo estudantil.
“A Inteligência Artificial nas escolas será uma ferramenta de transformação social. Queremos formar cidadãos críticos, criativos e preparados para construir um Goiás mais inovador e humano”, afirmou o parlamentar.
Se aprovado, o projeto colocará Goiás entre os estados pioneiros na educação em Inteligência Artificial, abrindo caminho para uma nova geração de estudantes aptos a compreender e liderar as transformações tecnológicas do futuro.