Mariana Milena, de Catalão, detectou um asteroide em programa com a Nasa — Foto: Arquivo Pessoal/Mariana Milena
A frase “o céu é o limite”, para a estudante Mariana Milena, de 18 anos, não condiz com a realidade, afinal, foi bem lá no alto, acima do que os olhos enxergam, que a jovem fez uma descoberta. Em fevereiro deste ano, ela detectou um asteroide em um programa feito em parceria com a Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica dos Estados Unidos (Nasa).
“A gente acha que a ciência é uma coisa distante que está com os cientistas e dentro das universidades, mas não, a ciência está dentro das nossas casas e a gente pode contribuir com cientistas por meio de um computador, como eu fiz”, contou a jovem.
Mariana mora em Catalão e a detecção foi registrada no site do projeto no dia 26 de fevereiro deste ano e ela concluiu os estudos em 24 de março. Se trata do “Caça Asteroides”, um programa feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com a Nasa e com o International Astronomical Search Collaboration (IASC).
“O programa envia pacotes de imagens para nós de um telescópio do Havaí e nós usamos um software para transformar essas fotos em um vídeo e procurar os asteróides. Eles são pontinhos mínimos e nós temos que prestar atenção em cada pixel da imagem”, explicou Mariana.
Conforme Silvana Copceski, coordenadora geral de popularização da ciência, tecnologia e inovação, do MCTI, os estudantes fazem uma primeira detecção, com imagens da maior lente de um observatório no mundo. Após essa etapa, pesquisadores analisam e levam entre 6 a 8 anos para o asteroide ser catalogado e nomeado.
A coordenadora explicou que durante a pesquisa, cada participante faz um relatório da detecção, que passa por análise até por Harward, nos Estados Unidos. Por último, é reconhecido no International Astronomical Union, em Paris, na França.
Por enquanto, asteroide detectado por Mariana se chama “MMS003”, as iniciais do nome dela. Mas a jovem já tem planos para renomear a possível descoberta, ela quer colocar o nome da mãe, Walkiria Prado, que foi uma das incentivadoras do seu sonho na astronomia.