
Pesquisa de satisfação realizada pelo Governo de Goiás ouviu crianças, adolescentes, mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ atendidas no local
O Governo de Goiás, por meio das secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Polícia Científica, registrou índice de aprovação superior a 90% em um dos quesitos da pesquisa de satisfação realizada com o público atendido nas Salas Lilás. O espaço é especializado no acolhimento humanizado a mulheres vítimas de violência, integrando, em um mesmo local, os serviços de saúde e de perícia médico-legal.
A pesquisa inédita foi realizada entre os dias 21 de março e 22 de julho deste ano, por meio de um QR Code disponibilizado nas unidades da Polícia Científica que contam com Salas Lilás. O levantamento mostra que 87,9% das atendidas declararam-se “totalmente satisfeitas” com o atendimento médico recebido; 90,9% avaliaram como “totalmente satisfatório” o atendimento de outros profissionais da saúde; e 84,8% aprovaram totalmente o espaço físico.
Além disso, 42,5% das respondentes registraram elogios espontâneos ao atendimento prestado, reforçando a importância da atuação sensível e especializada das equipes envolvidas. “Essas unidades desempenham um papel fundamental no combate à revitimização e no acolhimento digno das vítimas em momentos de grande vulnerabilidade e esse estudo vem para atestar a excelência dessa iniciativa”, pontuou o titular da SES, Rasível Santos.
Para o superintendente de Polícia Científica, Ricardo Matos, ao promover acolhimento e escuta qualificada, o programa contribui para o fortalecimento das redes de proteção e para a responsabilização dos agressores. “A Polícia Científica segue comprometida com a proteção dos direitos das mulheres, crianças e adolescentes, garantindo procedimentos importantes não somente para a investigação policial, mas também para o amparo às vítimas”, destacou.
Sala Lilás
O projeto conjunto da SES e Segurança Pública é operacionalizado no âmbito das unidades de Medicina Legal da Polícia Científica. O objetivo é oferecer atendimento humanizado, acolhedor e integrado a mulheres, crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIAPN+ vítimas de violência. Desde o início, em 2021, já foram atendidas 8.129 pessoas. A cor lilás foi escolhida por seu simbolismo histórico na luta contra a violência de gênero e em defesa dos direitos das mulheres.
A atuação nas Salas Lilás é realizada por uma equipe multidisciplinar, composta por médicas legistas, policiais femininas da corporação, além de profissionais da saúde vinculados à SES, como assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem. Atualmente, 44 servidoras da Saúde atuam no programa, designadas por meio da Gerência de Atenção às Populações Específicas (GERPOP).