É com profunda tristeza que eu, Antonio Paulino, recebo a notícia da morte do colega de trabalho, Jota de Oliveira, na noite desta quarta-feira, 13. Trabalhamos juntos na Rádio Cultura de Catalão, começamos na mesma época, no início da década dos anos 80. Jota era um apaixonado pela área do esporte e sempre atuou nos programas esportivos da emissora. Gente fina, muito calmo e educado.
Me lembro de uma passagem curiosa que aconteceu em Anápolis, no Estádio Jonas Duarte, quando fomos transmitir uma partida do CRAC contra a Anapolina. Além de repórter, Jota era também um fanático torcedor do clube catalano. Eu era comentarista, estava com Manoel Silva, narrador, na cabine, e Jota repórter de campo estava dentro do gramado. Naquela altura do campeonato, naquele ano, (acho que 1980 ou 81), o CRAC era o lanterna da competição e jogava contra a Anapolina, o primeiro colocado do campeonato. Claro que pela lógica o favorito era o time de Anápolis.
Só que no futebol, como todos sabem, nem sempre o melhor ganha, naquele jogo o CRAC surpreendeu a Anapolina e venceu a “Chata” dentro da sua casa. Quando o time de Catalão fez o gol o narrador Manoel Silva chamou Jota de Oliveira para narrar o lance. Mas Jota estava tão emocionado com o gol do Leão que não conseguiu entrar para fazer sua participação. Ficou em silêncio em tempão, foi preciso que Manoel Silva continuasse a narração enquanto Jota se refazia da emoção. Depois de um tempo Jota conseguiu falar e descrever a jogada que terminou com o gol do CRAC.
Naquele dia Jota veio embora felicíssimo com o resultado conseguido pelo lanterna do Campeonato frente o líder e temido Anapolina. Essa é uma boa recordação que tenho do amigo Jota de Oliveira durante o tempo que trabalhamos juntos na Rádio Cultura de Catalão.
Vá em paz amigo. Deus te acolha em seu reino sagrado e conforte sua família e amigos que aqui ficam. Por enquanto.