O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), está investindo em soluções tecnológicas para aumentar a resistência da soja à seca, assegurando a competitividade e a sustentabilidade da agricultura no estado. A pesquisa, conduzida por especialistas do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) – campus Rio Verde, explora o potencial de microrganismos promotores de crescimento de plantas e de nanopartículas para atenuar os efeitos do estresse hídrico na cultura da soja.
As tecnologias em estudo envolvem a utilização de microrganismos que se associam às raízes das plantas, promovendo o crescimento vegetal e aumentando a capacidade de absorção de água e nutrientes, mesmo em condições adversas. Já as nanopartículas agem diretamente nos tecidos da planta, liberando moléculas que auxiliam na condução da água pelo xilema, prevenindo o embolismo – fenômeno em que bolhas de ar bloqueiam o fluxo de água, levando à desidratação das folhas.
“Estamos desenvolvendo metodologias que possam ser aplicadas de forma prática e acessível pelos produtores rurais, reduzindo custos e respeitando o meio ambiente”, afirma a coordenadora do projeto, Fernanda dos Santos Farnese, doutora em Fisiologia Vegetal. Em 2024, Goiás enfrenta uma das secas mais rigorosas de sua história e a previsão meteorológica indica que a regularização do período chuvoso, de acordo com o Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa-Cerrado), só deve ocorrer no final de novembro, prolongando os impactos sobre o agronegócio, um dos pilares da economia goiana.