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Governo de Goiás promove conscientização e exames preventivos contra câncer de mama

de Antônio Paulino
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A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou nesta terça-feira (1º/10), a abertura da campanha Outubro Rosa, com o 1º Encontro Goiano da Atenção Primária na Saúde da Mulher com Foco em Câncer de Mama e Programa Goiás Todo Rosa. Cerca de 200 profissionais de saúde e especialistas da área participaram do evento, que debateu a importância do diagnóstico precoce e estratégias para detecção do câncer de mama e fluxograma do projeto Goiás Todo Rosa.

O evento marca a ampliação, neste mês, das ações para reverter o cenário de aumento dos casos de câncer de mama, que inclui o Programa Goiás Todo Rosa, lançado pelo Governo de Goiás em outubro do ano passado. A iniciativa pioneira no Brasil tem como foco a oferta de testes genéticos para câncer de mama e/ou ovário primário, em convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG).

Por meio do projeto, mais de 600 médicos e enfermeiros foram capacitados em Goiás na Atenção Primária à Saúde (APS) e na Atenção Ambulatorial Especializada. Esse é um dos processos para viabilizar a realização do sequenciamento dos genes BRCA1 e BRCA2 para pacientes e oferecer aconselhamento genético a pacientes e familiares que se enquadrem nos critérios estabelecidos pela lei.

O público-alvo para o sequenciamento genético inclui mulheres diagnosticadas com câncer de mama ou ovário antes dos 40 anos ou aquelas com câncer triplo negativo antes dos 50 anos. As capacitações para profissionais começaram em janeiro de 2024 e já beneficiaram cerca de 300 profissionais nas Macrorregiões Sudoeste e Centro-Norte. Os municípios participantes receberam uma “Mamamiga”, um modelo anatômico didático que ajuda na identificação precoce do câncer de mama.

Programação
De 14 a 18 de outubro haverá o programa de Redução da Fila de Mamografias, com a Semana de Portas Abertas nas policlínicas, onde serão atendidas mulheres que aguardam na fila e também em demanda espontânea. A previsão é de que sejam realizados 40 exames por dia em cada uma das 6 policlínicas estaduais. “Iniciamos todas as medidas para tratamento e diagnóstico das mulheres que possam ter câncer de mama e, nessas ações, as policlínicas estaduais estarão abertas para atendimento da mamografia de todas as mulheres”, explica o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos.

No dia 16 de outubro será comemorado o Dia R em Goiás, com a convocação de todas as unidades estaduais para realizarem ações orientativas sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Os servidores vão se vestir na cor rosa e os prédios das unidades de saúde serão iluminados de rosa.

A SES-GO incentiva as unidades hospitalares e as policlínicas estaduais a realizarem ações educativas voltadas para a realização do exame de mamografia. Em Goiás há 38 mamógrafos em funcionamento em unidades estaduais de saúde e nos municípios. “A detecção precoce do câncer de mama é crucial para um tratamento eficaz e melhor prognóstico. Por isso, em outubro chamamos atenção da sociedade para ações preventivas que podem salvar vidas”, ressalta o secretário.

Rastreamento
As diretrizes brasileiras recomendam rastreamento mamográfico para mulheres entre 50 e 69 anos a cada dois anos e diagnóstico precoce por meio da conscientização sobre sinais e sintomas suspeitos. Em 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de 4 milhões de mamografias – cerca de 55 mil em Goiás. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, entre 2023 e 2025, surgirão no Brasil mais de 73 mil novos casos da doença, risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres – em Goiás são mais de 1,9 mil novos casos.

Considerando apenas os cânceres não melanoma de pele, o câncer de mama continua sendo o mais prevalente no País e nas diversas regiões brasileiras. No ano passado, Goiás registrou 1.435 casos da doença. Este ano 551 mulheres estão com esse tipo de câncer e 373 morreram. Em 2023, os óbitos somaram 634 casos.

A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Paula dos Santos Pereira, explica que entre os fatores de risco para a doença estão a idade acima de 50 anos e condições hormonais ou reprodutivas. “Além disso, tem as questões do consumo excessivo de álcool, obesidade, fatores ocupacionais e genéticos, que representam de 5% a 10% dos casos”, enfatiza.

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