A auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar, de 30 anos, falou pela primeira vez nesta sexta-feira sobre a discussão com o comerciante Anderson Lúcio de Oliveira, de 34 anos, que terminou numa cotovelada cinematográfica, no dia 15 de agosto, na cidade de São Roque, no interior de São Paulo. Hoje, Fernanda revelou o motivo: uma briga por ciúmes entre vizinhas.
Com a fala enrolada por causa do quadro de saúde ainda instável, Fernanda relatou que vivia em pé de guerra com a vizinha, chamada Luzinete, que tinha ciúmes dela com o marido. Como Oliveira, que a agrediu, é primo de Luzinete, ela contou que pedia ajuda dele para acabar com a briga. “Fui falar com ele com intenção de dar um ‘chega’. Para evitar discussão. Ele é parente de uma vizinha minha, que é cismada comigo e vive me provocando e ameaçando. Eu moro em uma casa geminada à dela [Luzinete], e ela tem ciúmes do marido”, disse. “Foi o marido dela que me pediu o meu telefone. Quando ela não está em casa, ele vem falar comigo.”
Fernanda também afirmou que ela e Oliveira eram amigos e que o perdoaria pela agressão se ele pedisse desculpas. “Eu e ele nos conhecemos há muito tempo porque São Roque é uma cidade muito pequena. Eu gostava dele, nunca pensei que fosse fazer isso comigo”, disse.
Preso desde o dia 19 de agosto, Oliveira é acusado de tentativa de homicídio qualificado. O inquérito policial deve ser concluído na próxima semana. A defesa dele contesta a acusação de tentativa de homicídio e alega ser um caso de lesão corporal grave. Os advogados afirmam também que ele está arrependido e que “jamais quis atentar contra a vida de Fernanda”.
Segundo o irmão da vítima, Eduardo Cézar, o marido da vizinha chegou a abordar Fernanda. “Ele já pulou o muro da casa para tentar beijar a minha irmã. Mas a mulher dele achou que era Fernanda que dava em cima dele. Isso acontece desde o começo do ano”, disse. O irmão da vítima também afirmou que o agressor era conhecido na cidade por “sempre arrumar briga em festas”. Segundo o advogado Ademar Gomes, que defende Fernanda, o agressor já respondeu a um processo por homicídio, do qual foi absolvido, e já foi fichado por envolvimento com máquinas de caça-níquel.