A candidata a prefeita de Davinópolis, Michelle Campos (PSD) concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, dia 13 de setembro, na Rádio Cultura de Catalão, quando falou de seus projetos para o município, caso seja eleita e, principalmente, elencou suas dificuldades para vencer um pleito disputando contra a máquina pública e ainda tendo como adversários dois grupos que dominam a política de Davinópolis há 30 anos.
Exercendo o segundo mandato de vereadora, Michelle conta que entrou para a política incentivada pelo seu pai que já foi vereador e queria ver sua filha dando continuidade à sua carreira. Não tem sido fácil enfrentar e mudar costumes e regras tradicionais implantados pelas famílias que dominam o poder em Davinópolis há muitos anos. A vereadora, que disputa a prefeitura contra outras duas candidatas, diz que há uma pressão enorme sobre a população, que é cobrada por favores recebidos da prefeitura e assim se vê obrigada a votar nos candidatos indicados pela situação.
A maioria das casas da cidade, por exemplo, é marcada com bandeiras das outras concorrentes que obrigam os moradores a colocar o material como forma de mostrar em que vai votar. Porém, Michelle acredita que essa prática não vai funcionar nessa eleição, sendo que os eleitores colocam as bandeirinhas em suas casas mas vão votar nela, que não usa essa prática para pressionar o eleitor que, na hora de votar, vai estar sozinho na cabine de votação.
Michelle acusa as famílias tradicionais da política local de não querer que a cidade se desenvolva e inibe a instalação de novas empresas em Davinópolis que poderiam abrir novas vagas de empregos, e dessa maneira todos ficam dependendo de favores da Prefeitura e o chamado “voto de cabresto” continua prevalecendo nas eleições.