O Padre Egídio de Carvalho Neto da Paróquia São Virgílio em João Pessoa, na Paraíba, está sendo investigado por usar notas frias de um hospital para comprar imóveis e bancar uma vida de luxo. O padre foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba por desviar mais de R$13 milhões de recursos que deveriam ser destinados ao hospital Padre Zé, unidade dirigida pelo católico há mais de 12 anos.
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O pároco era diretor-presidente do hospital e foi afastado do cargo e das funções eclesiais. Ele responde a processo canônico, que pode resultar em sua expulsão da Igreja Católica. Os recursos foram usados na compra de carros de luxo, viagens e na aquisição de produtos e serviços pessoais de altos valores, segundo a denúncia que chegou ao MP e que deu origem à investigação.
Evidências
Com base nas evidências apresentadas, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) iniciou a operação “Indignus” com o objetivo de investigar o padre Egídio e duas ex-funcionárias do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas e Amanda Duarte, que anteriormente ocupava o cargo de tesoureira.
A denúncia expõe a existência de 16 imóveis registrados em nome do padre Egídio e terceiros, suspeitos de serem laranjas, com transferências que totalizam R$ 200 mil, provenientes do Hospital Padre Zé. Entre esses bens, destaca-se uma propriedade na praia do Cabo Branco, adquirida com “600 mil reais entregues em mãos pela funcionária, com verbas da Ação Social Arquidiocesana e do hospital”.
Denúncia anônima
Após o furto dos celulares, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba, apontando uma série de irregularidades na administração do padre Egídio. Em 3 de outubro, uma força-tarefa composta por órgãos públicos da Paraíba foi criada para investigar essas irregularidades no Hospital Padre Zé.
A administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, identificou várias dívidas que afetam seu funcionamento após uma avaliação abrangente das áreas operacionais, financeiras e contábeis da instituição. Como primeira medida, solicitou ao Ministério Público da Paraíba a realização de uma auditoria abrangente em todas as contas, contratos, convênios e projetos do hospital.
Fonte: Jornal Opção Online