O motorista que causou o acidente que matou Júlia Ferreira Demétrio, de 19 anos, foi indiciado por homicídio doloso e omissão de socorro. As investigações foram concluídas nesta terça-feira (26), e apontaram que o indiciado consumiu álcool e fez uma ultrapassagem arriscada. Ele capotou o carro onde estava Julia e fugiu do local sem prestar socorro.
Segundo a família da estudante, Julia voltava de uma festa com outras três pessoas no carro, dirigido pelo indiciado, que era conhecido da vítima. O acidente aconteceu por volta das 5h de sábado (16), na Avenida Espírito Santo, no Loteamento Paquetá, em Catalão, na região sudeste de Goiás.
Segundo o delegado do caso, Pedro Manuel Democh, o motorista foi visto “a todo momento com um copo na mão”, após análise das imagens de câmera de segurança da festa. Além dos vídeos, foram ouvidas 16 testemunhas e realizado laudo pericial.
Júlia foi socorrida por outras pessoas que estavam na festa e levada para o hospital, onde morreu. “A lei pune a omissão, ainda que esta seja suprida por terceiros”, explicou o delegado sobre a responsabilidade do suspeito enquanto motorista do veículo.
Família
A família da jovem contou ao g1 que ela foi aprovada em medicina no início deste ano. A irmã da vítima, Beatriz Demétrio, contou que conversou com as outras duas pessoas que estavam no carro e com conhecidos do motorista, que estavam na festa momentos antes do acidente.
Segundo ela, o suspeito estava bêbado e brincando de ultrapassagens no trânsito antes de capotar o carro. “O motorista estava bêbado e em alta velocidade. Os amigos me falaram que eles estavam ‘brincando’ de quem ultrapassava mais rápido”, disse.
Ela ainda disse que o local do acidente foi adulterado. “Eles desviraram o carro, adulterando a cena do crime. Outro carro com ‘amigos’ dele o tiraram do local e ele fugiu”, afirmou. “Os próprios amigos dele contam histórias de que não é a primeira irresponsabilidade dele”, destaca.